terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Decoração de Natal: Ponte Estaiada vira pinheiro gigante

A Ponte Octavio Frias de Oliveira, mais conhecida como Ponte Estaiada, na zona sul de São Paulo, virou uma grande árvore de Natal iluminada. Com mais de 35 mil metros de cabos iluminados, a decoração natalina da ponte pode ser vista a mais de 1 km de distância. A iluminação funcionará todos os dias, das 20h às 5h, até o dia 6 de janeiro.


por Alessandra Jarussi


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Termina em desacordo reunião do PMDB e PT do PA


Fotos: Folha
Sem alarde, reuniram-se em Brasília negociadores do PMDB e do PT do Pará.

Buscava-se a harmonização dos interesses de Ana Julia e de Jader Barbalho.

Ela, governadora petista, tenta empinar um projeto reeleitoral para 2010.

Ele, deputado pemedebê, cogita buscar nas urnas um retorno ao governo.

Entre os dois, Dilma Rousseff, que sonha com o palanque único no Pará.

Dono do diretório paraense do PMDB, Jader não deu as caras no encontro.

Mas seus operadores levaram à mesa o preço da almejada composição.

Para aliar-se ao projeto reeleitoral de Ana Julia, Jader exige:

1. Indicar o candidato a vice na chapa da governadora petista.

2. Garantir o apoio do PT para sua candidatura ao Senado.

3. Acomodar um apaniguado na atual equipe da governadora. Quer a Secretaria de Saúde.

Ouvida, Ana Júlia concordou com os dois primeiros itens da pauta de Jader.

Torceu o nariz para a idéia de entregar a Saúde ao grupo de desafeto.

Lero vai, lero vem, prevaleceu o desacordo.

Na semana que vem, reúne-se comitê nacional PMDB-PT.

Tenta-se estreitar inimizades presentes em vários Estados.

Busca-se converter em casamento o acordo pré-nupcial em torno de Dilma.

O veneno do Pará era o que parecia mais próximo de um antídoto. Deu chabu.

Um prenúncio de que, noutros Estados, o acerto pode ser ainda mais complicado.

São cinco as praças em que o PMDB cobra solidariedade do PT: MG, RJ, MS, CE e PA.

Há, de resto, o caso da Bahia. Ali, está entendido que as legendas medirão forças.

O PMDB, com Geddel Vieira Lima. O PT, com Jaques Wagner.

Tenta-se pôr de pé a política do palanque duplo. Dilma e Lula teriam de pisar nos dois.

Escrito por Josias de Souza às 05h45

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Oposição entra hoje com pedido de impeachment contra Arruda


Do UOL Notícias*
Em São Paulo

Partidos de oposição e entidades sociais prometem entrar com um pedido de impeachment contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), nesta quarta-feira (2), na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Entenda o esquema de corrupção no DF


Arruda é acusado de participar de um esquema de propina no governo do DF. Além do governador, integrantes da cúpula do governo são acusados de integrar um grupo que beneficiava empresas em troca de dinheiro ilegal para financiamento de campanhas e para compra de apoio político na Câmara.

PT, PSB, PDT, PSOL, PC do B, além de entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), devem protocolar o requerimento. Na quinta-feira, o mesmo pedido deverá ser feito pela Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF).

Também hoje deve ser lido na Câmara o requerimento que cria a CPI para investigar as descobertas feitas pela Polícia Federal na operação Caixa de Pandora, deflagrada na última sexta-feira.

O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Leonardo Prudente (DEM), que aparece em um vídeo guardando maços de dinheiro nos bolsos e nas meais, pediu licença do cargo nesta terça-feira. O deputado Cabo Patrício (PT), vice-presidente da Câmara, assumirá o cargo pelo menos ao longo dos próximos 60 dias.

Segundo ele, os 22 parlamentares presentes chegaram à decisão por consenso e também julgaram necessário o afastamento de Rogério Ulysses (PSB) da presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Casa - também envolvido no escândalo.

Patrício informou que na quinta-feira a Casa nomeará um novo corregedor para substituir Junior Brunelli (PSC), implicado no esquema de corrupção.

Além de Prudente, Ulysses e Brunelli, devem ser investigados pela CPI a líder do governo, Eurides Britto (PMDB), Pedro do Ovo (PRP), Benedito Domingos (PP), Benício Tavares e Roney Nemer (PMDB), todos citados nas investigações da Polícia Federal.

Nesta terça, a Executiva Nacional do DEM decidiu deixar a decisão sobre uma eventual expulsão de Arruda para o dia 10 de dezembro. O partido estava dividido, com parte de seus integrantes defendendo a expulsão sumária do governador do Distrito Federal, mas venceu a tese de que a sigla deveria aguardar a defesa.

A votação ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 10 de dezembro. Serão oito dias para que a defesa de Arruda se manifeste e outros dois dias para que o relatório seja elaborado.

Arruda nega todas as acusações. Em nota oficial divulgada ontem, ele voltou a afirmar que é vítima de um complô armado pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa - que realizou as gravações de entrega de dinheiro -, com a ajuda de seus adversários políticos. Arruda cita que Durval responde a mais de 30 processos por atos de corrupção praticados durante o governo passado, de Joaquim Roriz (PSC) e que, "para se livrar da lama", a jogou em todas as direções.

O governador garante ainda que irá apresentar à Justiça "provas irrefutáveis de sua inocência". Ele também afirma estar confiante na decisão de seu partido, com cuja cúpula se reuniu ontem (30), em um clima de "elegância e respeito mútuo, sem nenhum tipo de pressão".

Além da reação da oposição, Arruda também perdeu o apoio de todos os partidos que integravam seu governo. PPS, PSB, PDT e PSDB entregaram seus cargos. O PSB tinha o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Expansão Rural (Emater-DF), Joel Valle.

O PDT tinha dois cargos: o subsecretário de Trabalho Israel Matos e o secretário de ensino integral, Marcelo Aguiar. O PPS tinha o secretário de saúde, Augusto Carvalho, e o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Alírio Neto. E o PSDB, o secretário de Obras, Márcio Machado e de governo, José Humberto.

Pedido da OAB
A OAB iniciou uma mobilização para reunir outras entidades no apoio ao pedido de impeachment de Arruda. O presidente nacional da entidade, Cézar Britto, reuniu-se com o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa, de quem obteve apoio imediato. Britto também vai buscar a assinatura da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e de entidades ligadas ao mundo jurídico, como as associações dos Juízes Federais (Ajufe), Brasileira dos Magistrados (AMB), dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), dos Membros do Ministério Público (Conamp).

A OAB quer dar um caráter de mobilização popular ao impeachment, pois sabe que Arruda possui maioria na Câmara Legislativa e são necessários dois terços dos votos naquela Casa para que o pedido seja aceito. Por isso, a busca de apoios diversificados.

"No fundo, não são as entidades que subscrevem o pedido de impeachment", afirmou Britto. "São os cidadãos." Pelas normas da OAB-DF, o pedido de impeachment precisa ser votado por 45 conselheiros da entidade, mas a aprovação é tida como certa por Britto e pela presidente da seccional do DF, Estefânia Viveiros.

"Esse é um assunto que não diz respeito apenas ao Distrito Federal, mas que tem repercussão nacional", enfatizou Estefânia. "A OAB vai convencer a si mesma a entrar nessa luta", completou Britto. "Todos sabem da gravidade das denúncias contra o governador Arruda, envolvendo vários de seus secretários, de seus parlamentares.

Em nota, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, cujo presidente está na linha sucessória do governador, informou que está acompanhando "os acontecimentos envolvendo os poderes constituídos do Distrito Federal". "Todas as denúncias efetivadas pelo Ministério Público com relação aos fatos noticiados foram analisadas e recebidas pelo Conselho Especial do Tribunal. Nesse sentido, com serenidade e seriedade o Poder Judiciário local cumprirá rigorosamente a Carta Magna", diz a nota.

A AMB afirmou que espera que as "graves denúncias sejam rigorosamente apuradas e, uma vez confirmadas, os eventuais culpados sejam exemplarmente punidos".





*Com informações de Maurício Savares, em São Paulo, Piero Locatelli, em Brasília, e do Valor Online

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Beto Richa lidera pesquisa para o governo do Paraná, diz Ibope

Em meio a suspeitas de caixa dois na campanha eleitoral, o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), lidera a pesquisa de intenção de voto para o governo do Paraná realizada pelo Ibope a pedido da rádio BandNews. Segundo o levantamento, o tucano aparece na frente com mais de 60% nos dois cenários em que seu nome foi incluído.

No primeiro cenário, Richa aparece na frente com 63% das intenções de voto, seguido pelo senador Osmar Dias (PDT-PR), com 14%, e pelo vice-governador Orlando Pessuti (PMDB), com 4%. Os brancos e nulos somam 13% e os que não sabem ou não responderam, 6%.

No segundo cenário, quando o nome de Osmar Dias é trocado pelo da petista Gleisi Hoffman, o prefeito também está na frente com 65% do eleitorado. Gleisi aparece em segundo, com 12%; e Pessuti em terceiro, com 5%. Os brancos e nulos somam 11% e os que não sabem ou não responderam, 6%.

O Ibope apresentou outros dois cenários nos quais Richa é substituído pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que também aparece na frente com mais de 30%. Na primeira lista, Álvaro Dias tem 30%, seguido por Osmar Dias, com 26%. Pessuti aparece em terceiro, com 8%. Os brancos e nulos somam 23% e os que não sabem ou não responderam, 10%.

Na segundo lista, Álvaro Dias lidera com 39%, Gleisi tem 18%, e Pessuti 8%. Os brancos e nulos somam 22% e os que não sabem ou não responderam, 12%.

O Ibope ouviu 805 eleitores entre os dias 16 e 18 de julho de 2009. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, considerando um grau de confiança de 95%.

Férias

Richa saiu de férias no último dia 12 e só volta ao Brasil no dia 25. Ele viajou para a Europa com a mulher, Fernanda Richa, e os filhos sem compromissos oficiais.

Richa saiu de férias durante o recesso na Câmara Municipal, que esfriou a possibilidade de ser instalada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigá-lo das suspeitas de fazer caixa dois para financiar sua reeleição em 2008.

Para que a CPI seja instalada, são necessárias as adesões de pelo menos 13 dos 38 vereadores da Câmara. A oposição, no entanto, só conseguiu colher seis assinaturas até agora.

As suspeitas contra Richa aumentaram após a divulgação de um vídeo em que aliados de Richa tentavam desqualificar as suspeitas de caixa dois.

As imagens, no entanto, apontam novas irregularidades, como fraudes na arrecadação de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) para alimentar a campanha tucana. O esquema teria gerado R$ 334 mil para a campanha de Richa, segundo reportagem da Folha.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Tribunal, como mecanismo de controle de abuso do poder político, cassa governador de Tocantins

da Folha Online

Os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiram na madrugada desta quinta-feira cassar o mandato do governador de Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), e de seu vice por prática de abuso de poder político durante as eleições de 2006.

Ele e Paulo Sidnei Antunes (PPS) foram acusados de prometer vantagens a eleitores, distribuir bens e serviços custeados pelo poder público, utilizar indevidamente de meios de comunicação e distribuir gratuitamente casas, óculos e cestas básicas, além de realizar consultas médicas. Apesar da decisão, Miranda fica no cargo até o julgamento final dos recursos.

A denúncia foi apresentada pelo segundo colocado nas eleições, José Wilson Siqueira Campos. Após uma sessão que durou várias horas, os ministros seguiram, por unanimidade, o voto do relator, ministro Felix Fischer, que pedia a cassação do governador.

Em seu parecer, o vice-procurador-geral eleitoral, Francisco Xavier Pinheiro Filho, recomendou novo pleito no Estado. Miranda foi eleito no primeiro turno com 51,48% dos votos válidos, o que representa 340.825 votos. Por isso, o vice-procurador sugeriu a aplicação do artigo 224 do Código Eleitoral, que determina a realização de nova eleição quando forem anulados mais da metade dos votos válidos.

Pinheiro Filho ressaltou, porém, que, caso o TSE decida por nova eleição, Miranda não poderá disputar. "Evidentemente, na hipótese de realização de novo pleito majoritário, dele não poderá participar o governador cassado, por ter dado causa à nulidade", afirmou.

Denúncias

Na segunda-feira, após novas acusações, as denúncias contra Miranda tomaram força. Comprovantes de pagamentos feitos pelo gabinete do governador e o depoimento de um ex-servidor à Polícia Federal apontam que despesas como reformas, manutenção e compra de produtos de conservação para propriedades do peemedebista e de assessores podem ter sido pagas com dinheiro público.

Os documentos foram entregues à PF pelo ex-servidor Valdeilton Santos Nascimento, que disse em depoimento no último dia 5 que foram gastos R$ 30 mil em reparos na chácara de Miranda para o aniversário de sua filha, em 2008.

O secretário-chefe do gabinete do governador, Luiz Antônio da Rocha, negou as irregularidades apontadas por Nascimento, mas afirmou que determinará a abertura de sindicância para apurar as denúncias do ex-servidor.

Além de Miranda, o TSE cassou outros dois governadores: Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba, e Jackson Lago (PDT), do Maranhão. Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Santa Catarina, e Waldez Góes (PDT), do Amapá, acabaram absolvidos em processos semelhantes.

sábado, 2 de maio de 2009

Após Cunha Lima e Jackson Lago, TSE pode cassar mais oito governadores

da Folha Online

Após cassar o mandato de Cássio Cunha Lima (PSDB), ex-governador da Paraíba, e de Jackson Lago (PDT), ex-governador do Maranhão, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vai julgar processos contra outros oito governadores, que também estão ameaçados de perderem seus cargos.

Estão sob ameaça de perderem seus mandatos os governadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Santa Catarina; Ivo Cassol (sem partido), de Rondônia; Marcelo Déda (PT), de Sergipe; Marcelo Miranda (PMDB), de Tocantins; José de Anchieta Júnior (PSDB), de Roraima; Waldez Goés (PDT), do Amapá; e os recém empossados José Maranhão (PMDB), da Paraíba, e Roseana Sarney (PMDB), do Maranhão.

Maranhão foi empossado em fevereiro deste ano após Cunha Lima ter o mandato cassado pelo TSE. Agora, responde a um processo de cassação apresentado pelo PSDB. O partido alega que Maranhão foi beneficiado por interferência dos veículos de comunicação ligados ao seu suplente no Senado, Roberto Cavalcanti (PRB-PB).

Os partidos de oposição no Maranhão, PSDB, PSB e PT, ingressaram com uma ação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) pedindo a cassação do diploma de Roseana, que no mês passado assumiu o governo no lugar de Jackson Lago. Os partidos argumentam que a governadora cometeu irregularidades nas eleições de 2006.

O governador de Santa Catarina é acusado de abuso de poder e propaganda ilegal durante campanha eleitoral. Já o de Sergipe responde a processos por abusos de poder econômico e político, assim como o do Amapá, que também é acusado de conduta proibida a agente público.

Em fevereiro do ano passado, o processo contra Luiz Henrique foi iniciado e interrompido. Na ação, o peemedebista é acusado de uso indevido dos meios de comunicação, propaganda eleitoral ilegal do governo em jornais do Estado, emissoras de rádio e televisão --supostamente com as despesas pagas pelos cofres públicos.

Já o governador de Rondônia contabiliza uma vitória, pois obteve no TSE liminar suspendendo a execução de decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Rondônia, que determinava o afastamento dele do cargo. Cassol é acusado de abuso econômico e compra de votos.

O governador de Sergipe responde a processo por propaganda irregular na campanha eleitoral de 2006. O governador de Tocantins também é processado no TSE sob a acusação de realização de propaganda eleitoral irregular e utilização ilegal de meios de comunicação.

O governador de Roraima é acusado no processo contra o governador Ottomar Pinto (PSDB), que morreu em 2007. Como Anchieta assumiu o lugar de Ottomar, o Ministério Público Eleitoral entende que o processo deve ser transferido para Anchieta. Ottomar é acusado de ter distribuído geladeiras e outros bens no Dia das Mães de 2006, o que configuraria crime eleitoral.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

André palestra hoje no Fórum de Governadores, no Rio

Fernanda França
O governador André Puccinelli (PMDB) estará no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, onde será o palestrante do Fórum dos Governadores, promovido pela ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil).

O projeto impulsiona o debate sobre modelos e projetos que deram certo nos estados.

Os chefes de Estado expõem idéias, opiniões e novos projetos. A mesa debatedora é composta por grandes personalidades do cenário político, jurídico e empresarial, o que reforça ainda mais as discussões propostas.

O Fórum, que acontece desde 2005, terá como tema este ano “O Brasil que nós queremos”. Esta é a quinta edição do III Ciclo do Fórum dos Governadores ADVB, que foi aberta no dia 17 deste mês, com a palestra do governador do Amazonas, Eduardo Braga.

As propostas apresentadas e defendidas pelos governadores irão constar da “Carta do Rio de Janeiro”, que deverá ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao final do terceiro Ciclo do projeto.

domingo, 26 de abril de 2009

Anvisa reforça controle de qualidade do açaí para evitar contaminação pelo barbeiro

da Agência Brasil

Para garantir segurança alimentar aos consumidores de açaí, as ações das equipes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) têm sido fortalecidas nos Estados que fabricam o produto. O objetivo é garantir mais qualidade e evitar, sobretudo, a contaminação do açaí pelo barbeiro, inseto transmissor da doença de Chagas.

A informação é do diretor de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Hage que participou, na semana passada, em Belém (PA), de programação em comemoração ao centenário da descoberta da doença no país.

Hage ressaltou ainda que a transmissão tradicional da doença pela picada do barbeiro está em fase de eliminação. Mas, segundo ele, a outra forma de transmissão desse mal, por via oral, ainda vem sendo registrada, apesar dos avanços obtidos em âmbito nacional no controle da doença.

Em 2006, foram registrados 91 casos e quatro mortes. Em 2007, o número de mortes decorrentes de doença de Chagas se manteve em quatro, mas os registros da doença alcançaram a marca dos 123 casos. O Pará está entre os Estados mais atingidos. No ano passado, por exemplo, 93 casos foram confirmados no Estado, sendo que um dos doentes morreu.

"A transmissão via oral da doença se dá pela ingestão de alimentos contaminados pelo barbeiro. Na região amazônica, especialmente no Pará, o principal exemplo dessa contaminação se dá pelo açaí que, em alguns casos, é feito em condições inadequadas. A vigilância sanitária, feita desde o processamento das polpas, até a sua comercialização é uma das medidas adotadas para evitar esse problema", disse.

A tripanossomíase americana, mais conhecida como doença ou Mal de Chagas, é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida pelo barbeiro. A doença apresenta uma fase aguda, que pode ser identificada ou não, e com tendência à evolução para formas crônicas (indeterminada, cardíaca, digestiva), caso não seja tratada de forma precoce, com medicamento específico. O inseto têm a mata como ambiente natural.

"O açaí é produzido exatamente onde os barbeiros silvestres vivem. Por isso, uma das medidas para evitar a contaminação é o controle da colheita desse fruto, para que ele seja coletado, armazenado e distribuído de forma adequada. Até 2005, a Amazônia era considerada uma área endêmica, mas nesse mesmo ano, teve início na região a implantação de uma vigilância baseada na detecção de casos de doença de Chagas de forma integrada à vigilância da malária.", disse Hage.

Para ter certeza de que o açaí está limpo e livre do barbeiro, a pessoa deve buscar o selo de qualidade emitido pela vigilância sanitária. Além disso, segundo informações do Ministério da Saúde, algumas pesquisas feitas na Amazônia, pelo Instituto Evandro Chagas e pela Universidade Federal do Pará, para desenvolvimento e aperfeiçoamento de técnicas para produção desses alimentos em escala comercial também estão contribuindo para a eliminação do problema.

A investigação dos reservatórios de água constituem-se em um novo campo de pesquisa, que leva em consideração as condições de fauna e flora e os efeitos da degradação ambiental sobre a transmissão da doença. Atualmente, o país tem aproximadamente 2,5 milhões de portadores da doença crônica.

A doença de Chagas foi identificada em abril de 1909 pelo cientista brasileiro Carlos Chagas a partir de estudos feitos com amostras de sangue de uma criança de dois anos de idade, que morava em Minas Gerais. Problema cardíacos são comuns aos infectados, já que a gravidade da moléstia deteriora os tecidos do coração. O agravamento da doença em fase crônica ocorre em aproximadamente 30% das pessoas infectadas.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Estados ganham socorro de R$ 4 bi Linha de crédito usará dinheiro de fundo do trabalhador

Folha de S. Paulo

Eliane Cantanhêde
Para o Congresso, o céu não é o limite

Brasília criou uma cultura de viagens, em especial para o Rio. Todos viajam muito. O que não se sabia é o quanto o erário paga. A indústria de passagens é a partir do Congresso, mas não só ali.

Nem o TCU, que auxilia os congressistas a vigiar o uso do dinheiro da União, escapa. Agora, é criar um TCU para o TCU. O céu não é o limite para o caos aéreo e ético do Congresso. (págs. 1 e A2)

Doação ilegal a políticos foi feita por mais de 70 sindicatos
Pelo menos 73 sindicatos fizeram doações a candidatos nas quatro últimas eleições, apesar de proibição na Lei Eleitoral. Os dados são de prestações de contas oficiais. Políticos de todo o país receberam ao todo R$ 246 mil, segundo os registros.

Na maioria dos casos detectados pelos Tribunais Regionais Eleitorais, os candidatos devolveram o dinheiro ou disseram ter cometido equívoco ao prestar contas. A lei prevê que infratores sejam processados por abuso do poder econômico. (págs. 1 e A6)


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Jornal do Brasil

Manchete: Estados ganham socorro de R$ 4 bi
Linha de crédito usará dinheiro de fundo do trabalhador

Os estados e o Distrito Federal terão acesso a uma linha de crédito do governo federal no valor de R$ 4 bilhões. Bahia, Ceará e Maranhão receberão, sozinhos, R$ 958 milhões. O Rio de Janeiro terá acesso a R$ 61 milhões. A repartição do empréstimo obedece às mesmas proporções de repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) estabelecidas pelo Tribunal de Contas da União. O financiamento com juros subsidiados do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), ajudará os governos a compensarem as perdas de arrecadação decorrentes da crise e manterem os programas de investimentos. (págs. 1 e Economia A19)

Sociedade aberta: Gláucio Ary Dillon Soares
Sociólogo
1964: a repressão militar e o desequilíbrio de poderes. (págs. 1 e A10)

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Correio Braziliense

Manchete: Nascidos para amar Brasília
Hoje, 21 de abril de 2009, o Correio mostra a grandeza de Brasília a partir de seus personagens. Quarenta e nove brasilienses, um nascido em cada ano, oferecem suas histórias pessoais que, somadas, resultam no mosaico orgulhosamente chamado de nossa cidade. Eles relatam a forma como se relacionam com o concreto armado em linhas improváveis, com os amplos gramados a dividir prédios e vias, com as pessoas e os lugares que fazem parte da cidade-monumento. É a saga da jovem capital que acolhe bebês como Isabel, Beatriz e Samuel. Parabéns para ela! (págs. 1 e Suplemento especial)

No vermelho
Previdência tem arrecadação recorde em março, mas registra déficit de R$ 3 bi por causa do mínimo (págs. 1 e 25)

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Estado de Minas

Manchete: Tiradentes: O homem e o mito (pág. 1)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Escândalo das passagens atinge Temer e Gabeira

da Folha Online

Prometendo "transparência absoluta", a Câmara dos Deputados anunciou nesta segunda-feira que vai realizar estudo para reestruturar os gastos executados pela Casa depois das denúncias de má utilização das passagens aéreas pelos parlamentares. Hoje, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-PR), admitiu que utilizou parte da cota de passagens para o transporte de familiares e pessoas não relacionadas com o exercício do seu mandato.

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) promete realizar na próxima quarta-feira (22) um discurso para reconhecer o "erro" ao ceder passagens aéreas da cota a que faz jus como deputado para que familiares viajassem ao exterior.

Como noticiou o blog do Josias nesta segunda, Gabeira também entrou no novo escândalo da Câmara, mas "quer convencer a direção da Casa a modificar as regras que disciplinam o uso das passagens".

"Em razão da ampla utilização de passagens aéreas nos gabinetes parlamentares, o presidente da Câmara reconhece que deputados, inclusive ele próprio, destinaram parte dessa cota a familiares e terceiros não envolvidos diretamente com a atividade do parlamento", afirmou Michel Temer em nota.

O presidente da Câmara criticou as brechas nas regras para uso da cota. "[O uso irregular das passagens ocorreu] porque o crédito era do parlamentar, inexistindo regras claras definindo os limites da sua utilização", afirma.

Gastos

Até o TCU entrou no caso das passagens aéreas. Dados de reportagem da Folha mostram que a despesa com passagens aéreas para os nove ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) chegou a R$ 720.344,38 no ano passado, o que representa aumento de 45,2% em relação a 2007 e corresponde a uma média de R$ 80 mil anuais por integrante da corte.

O TCU é o responsável por fiscalizar a aplicação do dinheiro público. Segundo a reportagem, os valores não incluem as cotas individuais a que os ministros do TCU têm direito a gastar livremente por ano com passagens, no valor de R$ 43,2 mil para cada um deles. Nos dois últimos anos, somente o ministro Raimundo Carreiro não usou a benesse.

O ministro Walton Alencar Rodrigues, presidente do TCU no biênio 2007/08, disse que "a verba de passagens existe há décadas e permite aos ministros cumprir agenda nacional porque o TCU é um tribunal com jurisdição em todo o país".

O procurador Marinus Eduardo Marsico, representante do Ministério Público no TCU, se reuniu nesta segunda-feira com os diretores-gerais da Câmara e do Senado para cobrar mudanças como a utilização de passagens aéreas pelos deputados e senadores.

Marsico está disposto a pedir ressarcimento de valores gastos de forma inadequada pelo Legislativo com as passagens e mover ações por improbidade administrativa caso o Congresso não atenda às recomendações do Ministério Público.

O procurador entende que os parlamentares estão proibidos de utilizar os bilhetes para viagens particulares ou repassá-las aos seus familiares. "O gasto dos parlamentares com passagens aéreas deveria estar disponível na internet e vinculados exclusivamente a atos do mandato. A utilização das passagens por parentes deveria ser uma prática paga com o próprio salário do parlamentar", afirmou.

Mudanças na Câmara

Segundo a presidência da Câmara, os gastos da Casa vão ser readequados com base na "transparência absoluta, redução e publicidade para que todos a eles tenham acesso". A Casa afirma que vai impor "marcos legais claros e definitivos" nos próximos dias para dar transparência aos gastos legislativos.

Além de irregularidades no uso da cota aérea, a Câmara reconhece "equívocos" na utilização das verbas de postagem, de impressos, no auxílio-moradia e na verba-indenizatória --valor de R$ 15 mil destinado aos deputados para gastos mensais. "Daí porque o presidente da Câmara dos Deputados determinou estudos para a readequação e reestruturação geral e definitiva de todos pagamentos feitos pela Casa", afirma a nota.

Líderes partidários, presidentes de partidos e integrantes do Conselho de Ética utilizaram a cota de passagens aéreas da Câmara para transportar familiares e terceiros para viagens ao exterior --sem vínculo com atividades próprias do mandato. A partir de uma lista de bilhetes aéreos obtida pela Folha, foi constatado que nomes como Mário Negromonte (PP-BA), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Ricardo Berzoini (PT-SP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) beneficiaram parentes com bilhetes aéreos pagos pela Casa.

Além deles, são citados na reportagem os deputados Ciro Gomes (PSB-CE), ex-candidato ao Planalto; José Genoino (PT-SP), ex-presidente do PT; Armando Monteiro Neto (PTB-PE), presidente da Confederação Nacional da Indústria; e Vic Pires (DEM-PA), ex-candidato a corregedor da Câmara.

Os deputados alegam que o regimento não proíbe esse tipo de uso, já que não estabelece normas para a utilização de bilhetes no exterior. As medidas anunciadas nessa semana para regulamentar os gastos com passagens não fazem referências a viagens para fora do país.

domingo, 19 de abril de 2009

Silvia Novais, de Campinas, é a nova Miss São Paulo


Em São Paulo
Roberto Setton/UOL


A charmosa Silvia Novais, de Campinas, é a nova Miss São Paulo! O concurso aconteceu na noite deste sábado (18) no palco do Auditório Simon Bolívar do Memorial da América Latina, na Barra Funda (zona oeste de Sâo Paulo), e reuniu 32 misses que represetaram 32 cidades do Estado de São Paulo

Nascida na Bahia, Silvia mora em Campinas desde criança. Hoje com 22 anos, ela possui 1,77 m de altura, 60 quilos (muito bem distribuídos!) e (apenas) 62 centímetros de cintura. Além da vaga para disputar o Miss Brasil 2009 no dia 9 de maio, a talentosa Silva ganhou um carro.
Leia mais

* Imagens do concurso
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* Muitas misses, duas Nat(h)álias e uma noite inesquecível para o Editor do UOL Tablóide
* Venezuelana Dayana Mendoza é eleita Miss Universo 2008
* BOL Notícias


A noite, comandada pela mestre de cerimônias (e ex-Miss Brasil 1999), Renata Fan, começou com as misses desfilando com longos vestidos. Depois foi a vez das beldades mostrarem suas curvas em biquínis coloridos, falarem sobre seus sonhos e responderem a perguntas sorteadas.

Os jurados selecionaram 12 semifinalistas, que desfilaram de maiô preto. Destas, somente cinco foram para a grande final. Além de Silvia, estavam na decisão as misses de Itapecerica da Serra, Mogi Mirim, Cotia e Miss Bertioga.

O segundo lugar ficou com a Miss Itapecerica da Serra, Michely Baptistele, 24 anos, 1,76 m de altura, 58 kg e 63 de cintura. Natural de Minas Gerais, Baptistele confessou que conhece o município da Grande São Paulo apenas pela internet. A mineira ganhou, no concurso, uma viagem com acompanhante para Santiago do Chile.

Rosa Granado, 23, Miss Mogi Mirim, com 58 kg, 63 cm de cintura e 1,76 m de altura, ficou em terceiro e foi premiada com uma viagem para Buenos Aires.

*Com informações da Folha Online

sábado, 18 de abril de 2009

Um dia de 2 governadores no Maranhão: Roseana é empossada na Assembléia, mas Jackson Lago se recusa a deixar palácio do governo (O Estado de S. Paulo)

O Globo

Quartelada ao estilo do Maranhão
Roseana Sarney tomou posse ontem como governadora do Maranhão, mas Jackson Lago, o governador cassado na véspera pelo TSE, ficou entrincheirado no Palácio dos Leões, apoiado por movimentos sociais e ameaçando só sair de lá morto. (págs. 1 e 3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Lago resiste a entregar cargo a Roseana
Governadora toma posse no Maranhão; cassado, ex-governador diz que só deixa palácio ‘arrastado’ e apela ao STF

Roseana Sarney (PMDB), 55, tomou posse como governadora do Maranhão enquanto Jackson Lago (PDT), 74, dizia que só sairia “arrastado” do palácio do governo. A cassação de Lago, acusado de abuso de poder político, foi confirmada anteontem pelo Tribunal Superior Eleitoral. Roseana assumiu por ter ficado em segundo no pleito de 2006. Ontem, o Supremo julgou e negou recurso de Lago pedindo suspensão da sentença do TSE, que ele chamou de “golpe”. O ex-governador manteve a decisão de não sair do palácio, mas deve discuti-la com aliados. Sua defesa entrou com novo recurso no Supremo na noite de ontem. Roseana disse ter apoio do Planalto e elogiou a “isenção” da Justiça, que a recoloca na função para a qual já fora eleita em 1994 e 1998. Segundo seu vice, João Alberto Souza, o governo não cogita mandar tropas para forçar a saída de Lago: “Ele quer ser a vítima. Não faremos sua vontade”. (pág. 1 e Brasil)


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O Estado de S. Paulo

Um dia de 2 governadores no Maranhão

Roseana é empossada na Assembléia, mas Jackson Lago se recusa a deixar palácio do governo

Roseana Sarney (PMDB) assumiu ontem o governo do Maranhão, mas Jackson Lago (PDT), cuja cassação, motivada por crime de abuso de poder político, foi confirmada na noite de quinta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral, recusou-se a deixar o Palácio dos Leões. Desde a madrugada, Lago e vários correligionários ocuparam a sede do governo. A diplomação de Roseana Sarney ocorreu pela manhã no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão e a entrega da faixa, no início da tarde, na sede da Assembleia Legislativa. A nova governadora despachou em sua casa e deu início às ações para desalojar Lago do Palácio dos Leões. Mauro Fecury (DEM) assume o lugar de Roseana no Senado. (págs. 1 e A4)

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Jornal do Brasil

Lago não deixa Palácio dos Leões
O Maranhão amanhece com dois governadores. A oficial, Roseana Sarney, diplomada ontem na Assembleia Legislativa. O extraoficial, Jackson Lago, cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral e “acampado” no Palácio dos Leões. (pág. 1, País pág. A6 e Informe JB A4)

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

MS: Dwputado Vander Loubet diz, 'unido, PT tem chance real de retomar governo'

Midiamax

A insatisfação dos partidos aliados (PDT e PR), reclamações dos servidores públicos e a ausência de obras emblemáticas do governo estadual somados ao corte dos programas sociais, retomados de forma tímida, são os principais obstáculos para a reeleição do governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) e o principal combustível para o rachado Partido dos Trabalhadores, de Zeca do PT, tentar voltar ao poder nas eleições de 2010.

Amparado pela alta popularidade do presidente Lula, Zeca do PT teria ainda a preferência de 76 das 78 cidades de Mato Grosso do Sul, segundo informações extraoficiais, e exceto Campo Grande e Três Lagoas, de prefeituras tradicionalmente Andrezistas.

A avaliação de que pode estar próxima a volta ao poder é do estrategista do PT-MS, deputado federal Vander Loubet, conhecido pelo trânsito livre nas prefeituras de diferentes siglas em Mato Grosso do Sul e também nos ministérios do Planalto Central. “Só uma pessoa é capaz de fazer Zeca não ser candidato, o Lula”, disse o parlamentar em entrevista na tarde da última quinta-feira (9), em visita ao Midiamax.

Vander vislumbra um embate nas urnas entre os dois principais expoentes da política sul-mato-grossense. Há quem discorde. O especialista da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Tito Carlos Machado de Oliveira, geógrafo, doutor em Economia, considera improvável o confronto entre os dois ‘caciques’, como ele chama André Puccinelli (PMDB) e Zeca do PT.

“Na história de Mato Grosso do Sul nunca tivemos um confronto na disputa pelo governo entre dois caciques porque se isso acontecer, um deles morre. É interesse deles a alternância no poder. Pedro Pedrossian nunca enfrentou nas urnas Wilson Barbosa Martins. Aqui, ainda é vergonhoso perder eleição quando na verdade é fortalecimento. O Lula é um exemplo. Não acredito que em 2010 o Zeca enfrente André nas urnas”, faz o contraponto Tito Machado.

Zeca do PT teve vitórias consecutivas, sendo eleito e reeleito governador contra Ricardo Bacha (PMDB) e Marisa Serrano (PSDB), respectivamente, em 1998 e 2002. Na última, Puccinelli não entrou no páreo. Nos bastidores fala-se em suposto acordo entre os caciques, negado por ambos.

Em 2006, Zeca passou a faixa de governador para Puccinelli que, agora, tenta repetir o caminho do petista em uma reeleição consecutiva.

Agora, Vander aposta no enfrentamento afirmando que seria "suicídio político" não preparar-se para a disputa. Destaca, como armas, oa candidaturas ao Senado de Delcídio do Amaral (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT). Fala-se nos bastidores que na eleição de 2004, quando Delcídio disputou o governo com o André não teria o apoio esperado de Zeca e esse seria um dos motivos do racha interno do PT. Vander tenta colar a estrutura trincada do partido e torná-lo forte para apoiar Dilma Roussef, candidata virtual do PT para a presidência da República e, assim, fortalecer o projeto político partidário.

Mas, o fato do PMDB ser para os eleitores o principal adversário político do PT no Estado, mas em nível nacional fazer parte do Governo Lula com seis ministérios e ainda a presidência da Câmara e o Senado, há uma confusão no que pode estar para vir.

Para Vander Loubet, governo e disputa partidária não se misturam. Segundo ele, Puccinelli sempre caminhou com os tucanos e seria muita inocência apostar de antemão que André possa apoiar Dilma Roussef. "Não podemos ser pegos de calça curta", diz.

Nas últimas eleições presidencias [2202 e 2006], lembra Vander, Lula foi eleito com apoio não oficial da metade do PMDB. Nas duas, diz, Puccinelli ficou com a metade oficial, apoiou os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin. Hoje, a 18 meses das eleições, ele "jura" que estará com Dilma e aposta na redenção do PT e aliados em segui-lo. Ao Midiamax, Loubet faz um raio-x do cenário e mostra uma parte das fichas que ele mesmo aposta. Confira:

Midiamax – Qual o cenário do PT para a disputa em 2010?

Vander Loubet – Temos ainda o PED [Processo de Eleição Direta] este ano e em um cenário que estamos fora do governo e diante de uma conjuntura de crise. Temos um cenário real de retomar o governo, buscar unidade dentro do PT porque isso é o que mais pedem.

Midiamax – Quem pede?

Vander Loubet – Lideranças, militância e classe política pedem para unir o Zeca e o Delcídio. Eu digo aos dois: O Zeca não quer ser senador de forma alguma, o Delcídio não quer ser governador. Por que, então, não estarem juntos, se ambos têm extraordinário potencial eleitoral? Até 2010 o partido terá que estar aliado para então decidir. Temos todas as condições para construir uma aliança. O Dagoberto [deputado federal pedetista Dagoberto Nogueira] tem interesse em disputar o Senado e isso nos fortalece. Defendo ainda para vice alguém do setor produtivo, do agronegócio. É viável. Na semana passada, correu a notícia de que o empresário José Carlos Bumlai seria o nome de que fala Vander.

Midiamax – Mas o Delcídio e o André demonstram ‘namoro’...

Vander Loubet – Não dá para sair com o André e todos no PT têm clareza disso. Há uma resistência na base e pelo que se vê também nos eleitores. O Biffi [deputado federal petista Antônio Carlos Biffi] tentou e teve resistência. O Delcídio também tentou mas não encontrou eco na militância do partido. O senador Delcídio está com sua reeleição muito bem pavimentada, não depende do apoio do André para reeleger-se.

Midiamax – Mas, o André já disse que deverá estar ao lado da Dilma Roussef...

Vander Loubet – É suicídio começarmos, faltando um ano e meio para a eleição, aderindo ao André, que tem ligação história com o PSDB. Todos sabem como o André trata os aliados. Precisamos chegar em 2010 fortes para retomarmos o governo. Só uma pessoa é capaz de fazer o Zeca não ser o candidato, o Lula, em se isso for decisivo para a ministra Dilma. Vamos construir a candidatura dele e ano que vem, se o Zeca chegar bem na frente nas pesquisas, é ele o candidato.

Midiamax – O presidente do PT nacional, Berzoini liberou o partido para lançar candidatura própria ...

Vander Loubet – Sim, o Berzoini disse que a nacional vai respeitar. Não podemos ser pegos de calça curta. O presidente regional do PSDB, deputado estadual Reinaldo Azambuja está muito tranqüilo de que o André estará com o Serra. A senadora Marisa nem cogita a hipótese de outro caminho do André quando lhe perguntam se disputaria o governo para garantir palanque ao Serra no Estado. Temos que assegurar palanque para a Dilma e para isso estamos buscando alianças com o PR e PDT.

Midiamax – O governador acredita que estará com os aliados e ainda com o PT...

Vander Loubet – O André enfrenta uma crise. O descontentamento dos servidores, dos aliados, dos comerciantes que sofrem com o terrorismo fiscal. Há um descontentamento geral com o Governo do André. Ele foi eleito como o grande tocador de obras, mas isso não está acontecendo porque quem está fazendo isso é o PAC [Programa de Aceleração de Crescimento], o Governo Lula. Claro que os investimentos para o Estado são resultado do empenho da bancada federal, do Lula, com recursos do Orçamento Geral da União. Houve uma mudança na cultura política do Estado; temos agora um apoio institucional de toda a classe política às ações e projetos que beneficiam a população, há um amadurecimento grande e importante para todo o Estado. O volume de recursos para Mato Grosso do Sul são bem superiores aos destinados a Mato Grosso, por exemplo.

Midiamax – A não reeleição do Alex do PT e do Athayde Neri [PPS], depois que eles se aproximaram do PMDB, é exemplo desse ‘suicídio’?

Vander Loubet – Foi um vacilo para a construção política lançarmos o Teruel [deputado estadual petista Pedro Teruel] para Prefeitura de Campo Grande em 2008. Ele saiu na última hora. Deveríamos ter lançado a dona Gilda [professora e esposa do ex-governador], o Zeca ou o Delcídio porque com a chapa forte teríamos feito de 5 a 6 vereadores e o Alex teria sido eleito e como foi ele não se reelegeu. Outro exemplo, o Cabo Almi [vereador petista] perdeu a entidade que representa os vereadores porque defendeu o apoio ao André. E Corguinho? O PT e o André perderam Corguinho porque lá se uniram. A população não vê aliança. Em um jantar, conversei com Delcídio, Dagoberto e Biffi sobre 2010. No fim do mês teremos o encontro dos prefeitos do PT e vamos fazer um ato de unificação.

Midiamax – O Zeca e o Delcídio irão a este encontro?

Vander Loubet – Sim. Tanto o Zeca como o Delcídio. Eles têm andado pelo o Estado e recebido o pedido de unidade entre os dois dentro do partido. Vamos neste encontro do PT fazer isso.

Midiamax – Quando acontece o PED? Como fica a disputa então entre Zeca e Delcídio no PED já que o Zeca quer presidir o partido?

Vander Loubet – O PED acontece em novembro, mas defendo que antes se pode construir um nome de consenso. O mais importante é a unificação do partido. Com isso, a disputa interna passa a ser pequena. A divisão beneficia somente o adversário. Temos que construir os pilares e a disputa no PED será menor.

Midiamax – Como será a pesquisa que o Partido dos Trabalhadores já encomendou?

Vander Loubet – Qual pesquisa? São várias... (risos)

Midiamax – Essa anunciada recentemente para medir a popularidade do PT e do governador André...

Vander Loubet – Sei que a direção nacional já contratou a Vox Populi para o acompanhamento bem de perto das capitais. Aqui, em função do crescimento da candidatura do Zeca, esse clima tem nos ajudado para resolvermos logo essa reaproximação e elegermos tanto o Zeca como o Delcídio.

Midiamax – Mas, o Lula quando esteve com o presidente Evo Morales [Bolívia] em Corumbá e na Bolívia teria dito ao André para ele cuidar do PT em Mato Grosso do Sul porque no Estado o PT caminharia com ele. Foi só diplomacia?

Vander Loubet – Sim, sim. O presidente Lula não mistura o governo com o partido. O tratamento que o Governo Lula dá aos aliados não é o mesmo que o André dá aos aliados dele aqui. Sabemos que o PT não tem a cultura da intervenção. O PT sempre defendeu o grande debate. E claro, o PMDB está na base do Governo Lula, está bem, tem seis ministérios. É possível que em vários estados se tenha dois palanques. Ganhamos em 2002 a eleição do presidente Lula com a metade do PMDB. Em Mato Grosso do Sul, o André apoiou o Serra. Na reeleição do Lula, em 2006, a história se repetiu, com o André dando apoio ao Alckmin.

Midiamax – Na Bahia, governo de Jacques Wagner (PT) já sinalizou aliança com o PMDB e abriu as duas vagas do Senado aos peemedebistas...

Vander Loubet – A aliança você faz de acordo com o seu tamanho. Eu presenciei o Geddel [deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB-BA)] dizer que não vê problema no PMDB da Bahia ficar com o Jacques.

Midiamax – Eu sei que o senhor não quer nem admitir a hipótese do cenário em 2010 ser diferente, do André conseguir reverter o quadro e puxar para ele a marca das obras do governo federal, e dele chegar mais forte. Mas, nessa circunstância qual seria a saída para o PT?

Vander Loubet – Se estivermos muito sozinhos e atrás nas pesquisas é claro que a direção nacional vai querer conversar. Mas, se o próprio governo André já reclamou da comunicação dele e nesse ponto a equipe do presidente Lula tem se mostrado muito competente. A imprensa tem cumprido o seu papel de dizer que as obras ocorrem por causa de investimentos federais. A população tem percebido o compromisso do governo Lula, que não discrimina ninguém. Todos os municípios, pequenas prefeituras têm ido à Brasília [DF] e voltado com recursos de R$ 1 milhão; R$ 5 milhões. O ex-governador Wilson Barbosa Martins (PMDB) já elogiou o Lula. Ele disse que no tempo dele, ia para Brasília e quando voltava com uma escola, soltava foguete.



Midiamax – O professor da UFMS, Tito Machado não acredita em um confronto nas urnas entre os ‘caciques’ André e Zeca. O senhor acredita que isso pode acontecer em 2010 sem o risco do Zeca recuar? Na eleição passada o André recuou...falaram na época até de acordo. Se chegar em 2010 com os aliados e bem na pesquisa, haverá confronto entre os ‘caciques’ ?

Vander Loubet – O Zeca só não sai se o Lula, lá na frente, em prol da candidatura da ministra Dilma, pedir para que haja composição. O André costuma dizer que já bateu a gente por 4 a 0 e prefiro ficar com o que diz o Zeca: - Em 1996 o André levou [sinal com a mão de que a eleição pela Prefeitura de Campo Grande foi tirada] por 411 e em 2002 [2ª eleição de Zeca para o Governo] foi por WO porque o André desistiu na última hora. Quando o time não aparece para jogar o outro time tem vitória por WO. Vander diz também que André não é esse bicho-papão eleitoral. Em 2006, falou-se muito em surra do André; Delcício teve 40% dos votos e o Egon quase foi eleito senador. E o PDT e o PR estavam, com ele, lembra Loubet.

domingo, 12 de abril de 2009

Aumento de gastos com servidores em Estados e capitais supera inflação

da Folha Online

Hoje na Folha Entre 2006 e 2008, governadores e prefeitos ampliaram gastos com o funcionalismo público a taxas superiores à inflação, mostra levantamento publicado em matéria de Gustavo Patu na Folha deste domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Enquanto a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação, ficou em 10,6%, as despesas com funcionários do Executivo aumentaram 25,2% nos Estados e 26% nas prefeituras das capitais

O quadro é percebido nas administrações de governadores e prefeitos que fazem lobby por pacotes de socorro federal e inclui partidos como DEM e PSDB, que atacam a [expansão da folha de pagamentos do governo Lula], de 26,2% nos dois anos.

O governo de São Paulo, sob administração do tucano José Serra, responde por crescimento de 25% da folha paulista até o ano passado. O também tucano governo mineiro, de Aécio Neves, registrou alta de 33,2%. No governo do Distrito Federal, comandado por José Roberto Arruda (DEM), o crescimento bateu 41,9%.

No âmbito das prefeituras, na paulista, comandada por Gilberto Kassab (DEM), os gastos cresceram 29,9%.

As justificativas ficam por conta da recomposição de salários defasados, da ampliação de serviços de saúde, educação e segurança e da valorização dos recursos humanos.

domingo, 5 de abril de 2009

A Farra com o Dinheiro Público:Cargos de confiança chegam a 17 mil em 21 Assembleias Legislativas do país da Folha Online

Hoje na Folha Em 21 Assembleias Legislativas do país, chega a 17 mil o número de cargos de confiança --criados sem concurso público- para deputados e setores administrativos das Casas. É o que revela reportagem de Fernando Barros de Mello, publicada neste domingo na Folha (a íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).

O número de cargos de confiança no Brasil ganhou destaque no Senado após a descoberta da existência de 38 funções de diretores. Só a Mesa Diretora da Assembleia do Espírito Santo, com sete deputados, tem à sua disposição 503 cargos de confiança, média de 72 vagas por deputado.

Na lista de funções, há dentistas, barbeiros, fisioterapeutas e dentistas, por exemplo. É o caso do Legislativo do Ceará, onde 18 pessoas ocupam o cargo de cirurgião dentista, 12 fisioterapeutas e nove farmacêuticos.

Em média, os parlamentares têm direito a contratar até 18 pessoas. Em todos os Estados, as verbas para contratações vão de R$ 15 mil até quase R$ 90 mil. A maior verba é a do Distrito Federal, onde cada um dos 24 deputados pode contratar até 23 funcionários, tendo para isso R$ 88,7 mil mensais.

"Não está fora de cogitação elaborar um estudo completo, feito por uma entidade ou uma fundação, para fazer esse levantamento [sobre se a estrutura de funcionários é adequada]", diz o presidente da Assembleia do Espírito Santo, deputado Elcio Álvares (DEM).

sábado, 14 de março de 2009

PT baiano lança Wagner à reeleição (Tribuna da Imprensa)

O PT da Bahia aprovou resolução em que confirma o nome do atual governador do Estado, Jaques Wagner, como candidato à reeleição no ano que vem. De acordo com o partido, o principal objetivo para 2010 será manter a aliança que levou Wagner à vitória em 2006.

Para isso, os petistas já iniciaram um tratamento diferenciado ao PMDB, que nas eleições municipais de 2008 venceu a disputa com o PT pela Prefeitura de Salvador, gerando certa tensão entre os dois partidos. Após a vitória do prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), Wagner anunciou seu rompimento com o peemedebista, embora os partidos continuem aliados no governo estadual.

A principal arma de sedução do PT ao PMDB será a vaga de senador na chapa de 2010, o que, para o presidente do diretório estadual da sigla, Lúcio Vieira Lima, ainda não representa que o acordo esteja fechado. "O PT sinaliza com a vaga para o senado para o PMDB, mas ao mesmo tempo ele tem outros pré-candidatos ao Senado na chapa", afirma Lima, que é irmão do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional).

O ministro, por sua vez, tem o nome cotado para disputar a vaga no governo caso a aliança com o PT não se consolide. Durante as eleições municipais, ele também protagonizou desentendimentos com Wagner, colocando os cargos do PMDB no governo à disposição do petista.

"Caso o partido, majoritariamente, venha a decidir pela candidatura própria, teremos duas candidaturas sem nenhum problema, sem representar necessariamente um rompimento, como ocorreu em 2008", afirma o presidente do PMDB da Bahia.

Wagner já declarou sua intenção de se candidatar à reeleição e espera, inclusive, dissidências nos partidos de oposição para fortalecer sua candidatura. O presidente da Assembleia, Marcelo Nilo, recentemente anunciou sua desfiliação do PSDB para poder apoiar a reeleição do petista.