domingo, 22 de abril de 2012

Salvador: DEM lança ACM Neto nesta segunda (Josias de Souza)


O DEM realizará nesta segunda-feira (24), em Salvador, o ato inaugural da campanha do deputado federal ACM Neto à prefeitura da cidade. O roteiro foi concebido de modo a funcionar como um lançamento formal.
Presidente do DEM federal, o senador José Agripino Maia (RN) discursará fazendo um apelo ao neto de Antonio Carlos Magalhães para que aceite a “missão” partidária de disputar com o PT o comando da capital baiana.
ACM Neto, graciosamente, aceitará o “desafio”. Adensada por congressistas do partido, a platéia aclamará o candidato. Nas semanas subsequentes, o DEM tentará escrever a segunda parte do enredo, que envolve o PSDB.
No oficial, o tucanato baiano tem candidato à prefeitura de Salvador, o também deputado Antonio Imbassahy. No paralelo, a direção do PSDB negocia o apoio a ACM Neto em troca de um acerto do DEM com José Serra, em São Paulo.
Reunida nesta sexta (20), a Executiva estadual do PSDB baiano aprovou um documento com dois tópicos. Num, reitera o trololó da busca de uma “unidade das forças políticas de oposição”, num projeto capaz de se contrapor ao PT.
Noutro, anota que, além de manter as “tratativas com o PMDB” de Geddel Vieira Lima, a executiva estadual “recomenda” ao diretório municipal que estabeleça “condições para evitar candidaturas concorrentes entre o PSDB e o DEM.”
Articulado pelo deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA), amigo e operador de Serra na cena baiana, esse segundo tópico é uma espécie de janela aberta para o acerto do tucanato com a tribo ‘demo’ da Bahia.
Em privado, Jutahy informou a ACM Neto que, asssim que o DEM formalizar o apoio à candidatura de Serra em São Paulo, o PSDB cairá no colo dele em Salvador. Correndo em raia paralela, o pemedebê Geddel borrifa veneno na combinação.
Longe dos refletores, Geddel acena para o tucano Imbassahy com a hipótese de entregar-lhe o tempo de tevê do seu PMDB, algo que potencializaria a candidature dele. O DEM avalia que Geddel não fala sério.
Por quê? Em reunião com o vice-presidente Michel Temer, Agripino Maia admitira a hipótese de fechar com Gabriel Chalita, o candidato do PMDB à prefeitura de São Paulo, caso Geddel aderisse a ACM Neto em Salvador.
Ouvido, Geddel subiu nas tamancas. Disse que, do seu ponto de vista, o que faria nexo seria o apoio do DEM ao candidato do PMDB à prefeitura de Salvador, Mário Kertész, não o contrário.
Na conversa com Temer, Geddel chegou a ironizar. Disse-lhe que toparia endossar as pretensões de ACM Neto sob duas condições. Primeiro, Temer teria de marcar uma audiência dele com Dilma Rousseff.
Nesse encontro, Geddel informaria à presidente que, além de se opor ao PT do governador baiano Jaques Wagner, ele apoiaria em Salvador, a pedido do vice-presidente da República, um dos mais renhidos adversários do governo federal.
A segunda condição era que Temer gravasse, ele próprio, uma mensagem de apoio a ACM Neto, a ser exibida na propaganda eleitoral televisiva. A conversa, obviamente, não prosperou.
Vem daí a percepção do DEM de que Geddel apenas provoca ao dizer que pode fechar com o tucano Imbassahy. Nessa fórmula, além de enganchar-se ao oposicionista PSDB em Salvador, o PMDB não levaria uma gota d’água ao moinho de Chalita em São Paulo.


O DEM realizará nesta segunda-feira (24), em Salvador, o ato inaugural da campanha do deputado federal ACM Neto à prefeitura da cidade. O roteiro foi concebido de modo a funcionar como um lançamento formal.
Presidente do DEM federal, o senador José Agripino Maia (RN) discursará fazendo um apelo ao neto de Antonio Carlos Magalhães para que aceite a “missão” partidária de disputar com o PT o comando da capital baiana.
ACM Neto, graciosamente, aceitará o “desafio”. Adensada por congressistas do partido, a platéia aclamará o candidato. Nas semanas subsequentes, o DEM tentará escrever a segunda parte do enredo, que envolve o PSDB.
No oficial, o tucanato baiano tem candidato à prefeitura de Salvador, o também deputado Antonio Imbassahy. No paralelo, a direção do PSDB negocia o apoio a ACM Neto em troca de um acerto do DEM com José Serra, em São Paulo.
Reunida nesta sexta (20), a Executiva estadual do PSDB baiano aprovou um documento com dois tópicos. Num, reitera o trololó da busca de uma “unidade das forças políticas de oposição”, num projeto capaz de se contrapor ao PT.
Noutro, anota que, além de manter as “tratativas com o PMDB” de Geddel Vieira Lima, a executiva estadual “recomenda” ao diretório municipal que estabeleça “condições para evitar candidaturas concorrentes entre o PSDB e o DEM.”
Articulado pelo deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA), amigo e operador de Serra na cena baiana, esse segundo tópico é uma espécie de janela aberta para o acerto do tucanato com a tribo ‘demo’ da Bahia.
Em privado, Jutahy informou a ACM Neto que, asssim que o DEM formalizar o apoio à candidatura de Serra em São Paulo, o PSDB cairá no colo dele em Salvador. Correndo em raia paralela, o pemedebê Geddel borrifa veneno na combinação.
Longe dos refletores, Geddel acena para o tucano Imbassahy com a hipótese de entregar-lhe o tempo de tevê do seu PMDB, algo que potencializaria a candidature dele. O DEM avalia que Geddel não fala sério.
Por quê? Em reunião com o vice-presidente Michel Temer, Agripino Maia admitira a hipótese de fechar com Gabriel Chalita, o candidato do PMDB à prefeitura de São Paulo, caso Geddel aderisse a ACM Neto em Salvador.
Ouvido, Geddel subiu nas tamancas. Disse que, do seu ponto de vista, o que faria nexo seria o apoio do DEM ao candidato do PMDB à prefeitura de Salvador, Mário Kertész, não o contrário.
Na conversa com Temer, Geddel chegou a ironizar. Disse-lhe que toparia endossar as pretensões de ACM Neto sob duas condições. Primeiro, Temer teria de marcar uma audiência dele com Dilma Rousseff.
Nesse encontro, Geddel informaria à presidente que, além de se opor ao PT do governador baiano Jaques Wagner, ele apoiaria em Salvador, a pedido do vice-presidente da República, um dos mais renhidos adversários do governo federal.
A segunda condição era que Temer gravasse, ele próprio, uma mensagem de apoio a ACM Neto, a ser exibida na propaganda eleitoral televisiva. A conversa, obviamente, não prosperou.
Vem daí a percepção do DEM de que Geddel apenas provoca ao dizer que pode fechar com o tucano Imbassahy. Nessa fórmula, além de enganchar-se ao oposicionista PSDB em Salvador, o PMDB não levaria uma gota d’água ao moinho de Chalita em São Paulo.

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