Aeronave vinda de Porto Alegre, se choca contra prédio em que trabalhavam cerca de cem pessoas.
No pior acidente da história da aviação brasileira, um Airbus A320 da TAM com 176 pessoas a bordo - 170 passageiros e seis tripulantes - atravessou duas pistas da avenida Washington Luís quando tentava aterrissar, às 18h50, no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo).
A aeronave explodiu ao se chocar contra um prédio da própria companhia.(...) Comandante dos bombeiros estima 200 mortos.(...)
(Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)
* O maior acidente da história da aviação brasileira, menos de dez meses depois do anterior, gerou um empurra-empurra no governo, e a Aeronáutica simplesmente decidiu se auto-excluir do gabinete de crise montado em São Paulo e formado por Infraero (estatal responsável pelos aeroportos), Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a TAM, dona do Boeing acidentado.
"Não houve nenhuma participação do controle de tráfego aéreo no evento [acidente].
É uma questão para a Infraero, a Anac e a TAM, e nós não temos nada a fazer nesse gerenciamento, a não ser que sejamos chamados", disse ontem o diretor-geral do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), brigadeiro Ramon Borges Cardoso.
(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)
* 'Surgiu um clarão que parecia fim do mundo'
Eram 18h49. Marcelus Fozatti, 30, olhou para o relógio e saiu para abrir o portão de casa a um amigo.
Estava bem de frente para o local da tragédia, a menos de cem metros dela.
Em um minuto, ele viu um clarão de arder os olhos subindo e ouviu um estrondo que parecia de pólvora. Muita pólvora.
"Nem sabia o que havia ocorrido. Mas entrei voando e liguei para os bombeiros.
Foi minha primeira reação. Em poucos minutos, eles chegaram com muitas viaturas", conta.
"Quando ia me dirigindo ao local, encontrei pessoas correndo no sentido contrário, gritando, falando sobre o acidente.
Tentei chegar até o local para ver.
Mas não tive coragem.
Travei.
Voltei para trás no meio do caminho."
(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)
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