Mato Grosso já registrou 2.923 casos de dengue neste ano, 256% a mais do que o registrado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) no mesmo período de 2015, quando 821 casos foram notificados. De acordo com os dados divulgados pelo governo do estado nesta quarta-feira (27), entre os municípios maior ocorrência de dengue estão Sinop (238), Cuiabá (47), Várzea Grande (36) e Rondonópolis (23).
Segundo o governo, atualmente 19 cidades de Mato Grosso se encontram em situação alarmante, sendo que as cidades que lideram o ranking de notificações se destacam também pela alta incidência registrada, com índices superiores a 300 casos por cada 100 mil habitantes. No estado, a incidência é de 91 casos notificados a cada 100 mil habitantes.
O boletim epidemiológico liberado pela secretaria de Saúde também aborda dados de outras doenças provocadas por vírus que têm no mosquito Aedes aegypti seu principal vetor, como a febre chikungunya e a zika.
De acordo com o estado, este ano já foram registrados 33 casos suspeitos de febre chikungunya. Durante todo ano de 2015, foram 286 casos. Até o momento, 42 municípios notificaram casos da doença no estado e, até o momento, foram recebidos 316 exames para detecção no aguardo de resultado.
O número de casos notificados de zika vírus no estado também apresentou um aumento preocupante. Enquanto que no mesmo período de 2015 apenas sete casos foram registrados em Mato Grosso, este ano já foram contabilizados 1.048 casos suspeitos da doença no estado, sendo que Várzea Grande (349) e Matupá (111) foram as cidades que registraram a maior quantidade de notificações.
Diante do aumento do número de casos notificados, o governo reforçou o alerta aos municípios para que intensifiquem as ações de prevenção e controle da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus nos 141 municípios.
Segundo o estado, 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças, se encontram nas residências, o que demanda uma atenção maior da população. O governo fez um alerta aos municípios para que mantenham a rede atenta para o diagnóstico precoce da doença e o manejo correto para que os óbitos sejam evitados.
Além disso, as cidades devem desenvolver ações de mobilização, inspeções domiciliares para eliminação de criadouros do mosquito, atividades educativas para orientar a população sobre como evitar focos do vetor, como também aplicar inseticida para eliminação de insetos adultos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário